4º dia - 29/12/2017 - Tem gente lendo o blog...

Buenas, pessoal!
Hoje foi, sem dúvida, o melhor dia de pedalada! O tempo permaneceu nublado, o vento esteve a favor boa parte do trajeto, não estava calor demais, rendeu!
O único problema foi que saí tarde do hotel em São Lourenço do Sul. Devo ter dado um pára-te-quieto no despertador do celular às 05h30min e só acordei, num susto, às 07h! Putz, levando em conta que preciso de 1 hora para recolocar a bagagem na bicicleta, só peguei a estrada às 08h30min...
Mas o dia estava muito propício: o sol não deu as caras, choveu em alguns trechos, e, embora eu tenha encapado os alforjes, cheguei sequinho em Pelotas.


No caminho, diversos encontros! A Mara Fontana, de Montenegro, passou de carro com a família por mim, me reconheceu, estacionou, e abriu o vidro gritando meu nome. É realmente demais, a 250 km de casa, em meio às lavouras de soja, ouvirmos nosso nome. Que máximo encontrarmos amigos e conhecidos na estrada!

E a surpresa seguinte? O Dr. Roberto Lorea, magistrado gaúcho, que está acompanhando o blog, ficou de olho comprido na estrada esperando me encontrar para me entregar... um adaptador de ventil... hahaha... leu a postagem de ontem e me brindou com a pecinha que resolverá o meu problema: poderei aproveitar a câmara de ar que ontem não tinha uso. Que demais! E ainda ganhei uma garrafa com água gelada. Ouro!!! Fiquei muito lisonjeado com sua iniciativa de comprar o adaptador e torcer para me encontrar, observando estacionamentos de restaurantes, postos de combustível, enquanto viaja para o Chuí. 



Na parte duplicada da rodovia, mas ainda não liberada para  trânsito, eu de dono!


Havia feito reserva no Tourist Hotel, em Pelotas. Já havia parado aqui 4 anos atrás, retornando da viagem ao Uruguai de bicicleta. No hotel, naquela vez, conheci o Ebenézer Garcias, ciclista dos bons aqui da região. Tiramos uma foto que abasteceu o blog daquela percorrida.
Pois ele, também acompanhando minha narrativa desta viagem, se deu ao trabalho de comprar uma câmara com ventil grosso e... me brindar igualmente com um adaptador de válvula! Pronto, tenho dois agora... rsrsrsrs.
Tiramos uma foto no mesmo lugar que de há 4 anos - os dois mais gordinhos, claro.



Enfim, mais 70 km percorridos, a partir de agora a moleza acabou: amanhã serão cerca de 90 km até Arroio Grande e aí as distâncias tenderão a aumentar, quase todas na casa dos 100 km. Hora de fazer a viagem render. Se o vento não soprar contra, óbvio.
Bait'abraço!


Comentários

  1. Unknown29 de dezembro de 2017 às 20:17

    Segue firme Petry. Estamos contigo.

    ResponderExcluir
  2. Unknown29 de dezembro de 2017 às 20:39

    Show. Força mano. Acompanhando

    ResponderExcluir
  3. Osvaldir Rodrigues da Silva 29 de dezembro de 2017 às 21:06

    Força no pedal Petry. Forte abraco.

    ResponderExcluir
  4. Fabricio Alves29 de dezembro de 2017 às 21:11

    Estou me aventurando juntamente com você Paulinho nas leituras diárias... Parabéns meu amigo, és um exemplo de ser humano... abraço e Deus no comando...

    ResponderExcluir
  5. Pe. Eduardo Haas29 de dezembro de 2017 às 21:36

    Excelente, Paulo. Além da pedalada, o texto com que nos brindas diariamente! Abraço e boa viagem!!! Deus te abençoe! Pe. Eduardo Haas

    ResponderExcluir
  6. Amarelle29 de dezembro de 2017 às 22:57

    Que beleza! Segue firmão na batalha! Estamos na torcida!

    ResponderExcluir
  7. Fernando Orth29 de dezembro de 2017 às 22:58

    Muito bom. Em frente.

    ResponderExcluir
  8. Unknown30 de dezembro de 2017 às 00:03

    Parabéns pelos relatos!! Ótimos para nos fazer entrar no terreno imaginário das crônicas. É possível sentir exatamente o clima, a cena da tua vivência nessa viagem Paulinho. Que ótimo você estar sendo providencialmente "socorrido" nessas necessidades que vão surgindo durante o percurso. Enquanto te afastas mais e mais da linha equatoriana, vamos desejando daqui mais força e perseverança pro teu avanço no território almejado da missão Ushuaia. Estamos contigo, abração!!!!

    ResponderExcluir
  9. Unknown30 de dezembro de 2017 às 01:05

    Cada dia fica mais emocionante ler estes teus relatos, vamos acompanhando a cada dia que passa, boas pedaladas meu amigo!

    ResponderExcluir
  10. Unknown30 de dezembro de 2017 às 13:17

    Que vento nada!!!!!
    Põe a vela e aproveita...kkkkkk
    Bjs. Te amo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Unknown30 de dezembro de 2017 às 14:33

      Acompanhei o Paulo por 32 km com vento a favor , o dia vai render

      Excluir
  11. Unknown30 de dezembro de 2017 às 14:12

    Demais! e força nessas pernas.

    ResponderExcluir
  12. Unknown30 de dezembro de 2017 às 22:24

    Maravilha, estamos contigo. Abraços nossos.

    ResponderExcluir
  13. Unknown30 de dezembro de 2017 às 23:08

    Quem tem amigo, não morre solito!

    A próxima faz a cavalo que não precisa de adaptador de válvula. Só milho kkk
    Beijo, pai... Estamos te acompanhando aqui do litoral

    Tia Vera e família te mandaram um abraço

    ResponderExcluir
  14. Unknown3 de janeiro de 2018 às 13:11

    Olá Paulo,

    lindo todos esses relatos. Fico feliz em saber que estás bem.
    Quando da tua passagem por Arroio Grande, pude saber um pouco como era vida de um cicloviajante. Quem sabe um dia, com o teu relato, não tomo coragem e encaro as minhas.

    Um grande abraço e parabéns pelas belas histórias que tens nos brindado.
    João Vicente
    Arroio Grande-RS

    PS: sou do Paradouro na ecosul localizado um pouco antes de chegar em Arroio Grande.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

3º dia - 28/12/2017 - Um furo, dois furos, três furos, quatro furos, cinco furos

Imagem
Buenas, pessoal! Pois é, o título diz bem como foi o meu dia hoje, nessa percorrida a Ushuaia em cima de uma bicicleta... Saí às 07h do Hotel Molon, a 10 km de Camaquã, e logo depois cheguei no trevo de acesso dessa cidade. Parada tradicional para o registro fotográfico. Tempo firme, pouco vento, o dia prometia ser bom, e minha expectativa de chegar hoje em Pelotas, ou ao menos o mais próximo dela, pareceu ser bem razoável. Minha esperança, contudo, foi para o espaço logo depois. Mal tinha pedalado 20 km, senti a dançadinha tradicional da bagagem. Câmara furada. Nem me abalei: achei uma porteira aberta, entrei na fazenda e procurei uma boa sombra para fazer o conserto. Desafixei os espelhos e o ciclocomputador e tombei a bicicleta. Quando, contudo, tirei a câmara que substituiria a furada, verifiquei que o ventil era fino, de inox, ou seja, a câmara que estou carregando não poderia ser enchida pela minha bomba. Bocabertice minha, que deveria ter conferido quando a comprei
Leia mais

17º dia - 11/01/2018 - Acidente

Imagem
Buenas, pessoal! Infelizmente, o que ninguém espera em travessias como a minha - viagem ciclística (no meu caso, de Montenegro, no Rio Grande do Sul, até Ushuaia, na Argentina, num percurso de 4.800 km) -, mas que é um risco sempre presente, aconteceu: me envolvi em um acidente de trânsito que mudou completamente a história desta percorrida. Saí de Las Flores de manhã bem cedo, pois teria 120 km para percorrer até Azul, com a expectativa de almoçar em Cachari, exatamente no meio do caminho. O dia estava muito quente e abafado já de manhã, apesar do chuvisco que caiu ontem à tardinha. O vento é que mudou de direção, ficou mais de frente pra mim, mas estava bem suportável. A paisagem desta região é sempre a mesma: uma gigantesca planície, e faz mais de 200 km que não subo uma lombinha sequer. A estratégia de pedalada teve que mudar nos últimos dias por conta dessa peculiaridade: como fico mais tempo sentado no selim, e não há descidas com as quais possa contar para descansar, o j
Leia mais

19º dia - 13/01/2018 - O pior naufrágio é não partir...

Imagem
Buenas, pessoal! Uso famosa frase do navegador brasileiro Amyr Klink para intitular a postagem de hoje, no blog ("O pior naufrágio é não partir!"), por conta de tudo o que inesperadamente aconteceu e que determinou o adiamento momentâneo da minha percorrida ciclística a Ushuaia, na Argentina, partindo de Montenegro, no Rio Grande do Sul. De fato, após 1.350 km percorridos de bicicleta desde minha largada, no dia 26 de dezembro, a lesão no meu ombro direito me impede, por ora, de poder continuar pedalando. Sofri um rompimento dos ligamentos da clavícula, e qualquer movimento do braço faz saltar uma ponta desse osso. É feio e muito dolorido. Sem chances de segurar um guidão de bicicleta por mais 3.400 km... Tive alta médica hoje de manhã, e fui à Comissaria de Policia  ver como ficou a bicicleta após a colisão traseira que sofreu.  Bah!    O guidão entortou, o canote do selim entortou, até o garfo dianteiro entortou! Levei a bicicleta a uma pequena oficina e
Leia mais