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Mostrando postagens de dezembro, 2017

6º dia - 31/12/2017 - O primeiro acampamento

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Buenas, pessoal! A noite passada foi de muito calor em Arroio Grande. O hotel onde pernoitei tem uma arquitetura típica do casario da região - teto baixo e janelas pequenas -, o que evidentemente não favorece boa ventilação.  E levando-se em conta que meu apartamento só tinha ventilador, transpirei muito. Mas era dia de seguir viagem, a BR-116-sem-acostamento me esperava.  Quando completei exatos 400 km de percorrida, desde que saí de Montenegro, encontrei uma placa de Jaguarão. Tirei uma foto para a posteridade. Andei os primeiros 30 km debaixo de sol forte e vento sudeste. Embora saiba que essa será uma constante na minha viagem - vento contra -, o relevo muito acidentado da região - subidas de até 2 km de extensão e grandes descidas também - tem conspirado em desfavor do meu desempenho, porque nas subidas o vento faz pesar ainda mais a bicicleta e na descida sou obrigado a pedalar porque senão ela simplesmente pára. No caminho, sempre de olho comprido atrás de água,

5º dia - 30/12/2017 - Estradas gaúchas

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Buenas, pessoal! Fui surpreendido por um dia de intenso calor hoje, e pela mais absoluta falta de recursos de beira de estrada neste trecho da BR-116 que hoje percorri, entre Pelotas e Arroio Grande. Da distância que venci - 90 km - mais de 60 foram feitos sem divisar um posto de combustível, um restaurante, uma casa sequer na beira da estrada. A água foi acabando e fiquei realmente preocupado com eventual "desabastecimento"... De manhã cedo meu amigo Ebenézer chegou no hotel onde eu estava hospedado proposto a pedalar um trecho comigo, quando poderíamos conversar. Saímos às 07h45min e logo depois divisamos a primeira placa indicativa do nosso destino: Logo depois, uma parada forçada: furo na câmara traseira. Da bicicleta dele! rsrsrs... pensaram que tinha sido na minha, né... rsrsrs... Nos despedimos 30 km à frente, após a ponte do Rio Piratini. A pedalada rendeu porque o vento estava a favor e é um relevo relativamente plano. O Ebenézer foi uma agradabilís

4º dia - 29/12/2017 - Tem gente lendo o blog...

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Buenas, pessoal! Hoje foi, sem dúvida, o melhor dia de pedalada! O tempo permaneceu nublado, o vento esteve a favor boa parte do trajeto, não estava calor demais, rendeu! O único problema foi que saí tarde do hotel em São Lourenço do Sul. Devo ter dado um pára-te-quieto no despertador do celular às 05h30min e só acordei, num susto, às 07h! Putz, levando em conta que preciso de 1 hora para recolocar a bagagem na bicicleta, só peguei a estrada às 08h30min... Mas o dia estava muito propício: o sol não deu as caras, choveu em alguns trechos, e, embora eu tenha encapado os alforjes, cheguei sequinho em Pelotas. No caminho, diversos encontros! A Mara Fontana, de Montenegro, passou de carro com a família por mim, me reconheceu, estacionou, e abriu o vidro gritando meu nome. É realmente demais, a 250 km de casa, em meio às lavouras de soja, ouvirmos nosso nome. Que máximo encontrarmos amigos e conhecidos na estrada! E a surpresa seguinte? O Dr. Roberto Lorea, magistrado ga

3º dia - 28/12/2017 - Um furo, dois furos, três furos, quatro furos, cinco furos

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Buenas, pessoal! Pois é, o título diz bem como foi o meu dia hoje, nessa percorrida a Ushuaia em cima de uma bicicleta... Saí às 07h do Hotel Molon, a 10 km de Camaquã, e logo depois cheguei no trevo de acesso dessa cidade. Parada tradicional para o registro fotográfico. Tempo firme, pouco vento, o dia prometia ser bom, e minha expectativa de chegar hoje em Pelotas, ou ao menos o mais próximo dela, pareceu ser bem razoável. Minha esperança, contudo, foi para o espaço logo depois. Mal tinha pedalado 20 km, senti a dançadinha tradicional da bagagem. Câmara furada. Nem me abalei: achei uma porteira aberta, entrei na fazenda e procurei uma boa sombra para fazer o conserto. Desafixei os espelhos e o ciclocomputador e tombei a bicicleta. Quando, contudo, tirei a câmara que substituiria a furada, verifiquei que o ventil era fino, de inox, ou seja, a câmara que estou carregando não poderia ser enchida pela minha bomba. Bocabertice minha, que deveria ter conferido quando a comprei

2º dia - 27/12/2017 - Era para o vento estar a favor...

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Buenas, pessoal! Hoje de manhã cedo despedi-me mais uma vez da minha esposa - que me fez uma agradável visita surpresa no hotel em Guaíba -, ela retornou para Montenegro e eu ingressei na BR-116 rumo ao sul do Estado. Meu destino, hoje, Camaquã, numa pedalada de 100 km.  Havia visto ontem no site do Climatempo que teria sol por companhia e um alvissareiro vento nordeste, a meu favor. O problema é que já ontem à noite percebi, no movimento das árvores, vento sudeste. Para o ciclista - e especialmente para o cicloviajante - o vento determina a distância, o ritmo, a velocidade média, enfim, impacta mais que sol ou chuva. Logo na saída de Guaiba, encontrei um cicloviajante pedalando em sentido contrário. Eu estava parado, tomando uma água, quando o vi à distância. Já fui acenando pra ele, naquele meu jeitão bem escandaloso, e ele parou para conversarmos. Que figura! Está há quase quatro meses na estrada. Saiu de Florianópolis-SC, seu destino era a Argentina, mas pegou duas torment

1º dia - 26/12/2017 - Parti!!!

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Buenas, pessoal! Parti!!! Hoje de manhã, exatamente às 06h, cumprindo mais uma etapa de um rigoroso planejamento que iniciou há dois anos, subi na minha bicicleta e, com 43 kg de bagagem - 178 itens! -, passeei pelo centro de Montenegro para, então sim, via RS-124, tomar o rumo de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre - primeira parada da viagem que pretendo fazer, pedalando, até a argentina Ushuaia, cidade mais ao sul do mundo. Serão 60 dias. Ainda em solo gaúcho, e também no Uruguai, pretendo vencer razoáveis distâncias. Depois, já na Argentina e no Chile, quando o vento da Patagônia der o ar da graça... bueno, aí, cada dia terá sua estratégia. Mas confesso que o peso da bicicleta me surpreendeu. Todo o conjunto (a bicicleta, a bagagem e eu) me faz tracionar 176 kg (estou gorducho, carregando um peso extra no abdômen... hehehe...). De qualquer forma, achei prudente planejar uma pedalada de pouco mais de 60 km hoje, para ir acostumando o corpo novamente a esse esfor

Treinos

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Buenas! Cheguei há pouco (à 01h da madrugada) de mais uma pedalada noturna, em treinamento para a viagem a Ushuaia de bicicleta. Hoje usei uma Monark Ranger 1989 – relíquia que, durante muito tempo, nos primeiros anos de casado, foi meu meio de transporte para o trabalho –, na qual instalei um bagageiro e uma caixa de frutas, que enchi com tijolos para simular o peso da carga que terei na percorrida que começa em menos de dez (10) dias. Além do mais, apertei um pouco os freios, de modo que ficassem roçando no aro, e saí a pedalar, aproveitando a noite com muito vento, prenúncio de mais chuva.  Essa é a famosa: Fiz 25 km no perímetro urbano de Montenegro, ora subindo alguma lomba, ora acelerando nos trechos planos. Com a carga toda na roda traseira, a dianteira leve, as rodas seguras pelos freios e o vento desnorteado a cada tanto mudando de direção, foi um esforço bem interessante – que, no entanto, pelo que já sei sobre a força do vento que sopra na Patagônia, será nada