11º dia - 05/01/2018 - Parada estratégica

Buenas, pessoal!

Os problemas apresentados pela bicicleta ontem me fizeram antecipar a parada de um dia que faria em Colônia do Sacramento, quando lá chegasse. Sabendo que o caminho para Cardona significa passar por uma rodovia em péssimo estado em alguns trechos - o aviso é recorrente quando falo às pessoas para onde vou e por qual ruta -, me pareceu prudente levar a bicicleta numa oficina e acertar a regulagem das marchas.

Assim procedi. O mecânico - um senhor de idade, muito simpático e atencioso - não só regulou as marchas como fez um aperto geral, realinhou a roda dianteira e ainda limpou os roldanas do câmbio. Minha surpresa: fez de graça! Apenas desejou que eu fizesse boa viagem e que tivesse êxito na jornada. É... aí a gente se emociona com atitudes assim - não só por ter sido de graça, mas porque se empenhou em deixar a bike boa novamente - e fica parecendo um bobo...

Como teria o resto da manhã livre e também a tarde, consegui reorganizar a bagagem, dormir um pouco mais, responder aos emails.

Ah, me lembrei de dizer: eu tinha uma verdadeira obsessão por conhecer Durazno. Desde a percorrida passada pelo Uruguai de bicicleta, em 2014 (quem quiser saber como foi, basta ler o blog www.viagemaouruguaidebicicleta.blogspot.com.br), queria ter passado por aqui. Mas me desaconselharam por causa do relevo. Ah, desta vez não deixaria de vir!

É uma tipica cidade de porte médio do interior do Uruguai. Todas, aliás, são incrivelmente parecidas. Calçadas largas, árvores centenárias, muita sombra mas só no centro... 

Almocei num típico restaurante de esquina. Uma "senhora" milanesa napolitana!

Ontem falei dos incontáveis carros antigos - pensa carro antiiigo - rodando pelas ruas e estradas. Mas hoje, observando com calma o dia a dia das pessoas, também encontrei bicicletas antiquíssimas servindo de meio de transporte. Esta estava estacionada na praça. 

 À tardinha, hora do mate solito, na praça da cidade.

E, para fechar com chave de ouro um dia fantástico de descanso e turismo, pude participar de uma missa na Igreja Matriz da cidade. Que tal, o Pai-Nosso em espanhol?

(Ih, a foto ficou de lado... não consegui girar a visualização... ô, tosco!)

Uma curiosidade: todo esse vento que soprou nos últimos dias, muito mormacento - e sei que no Rio Grande do Sul o calor está parecido - me fez pressentir chuva. Sou muito observador desses fenômenos na natureza (herança paterna) e não podia acreditar no que lia na previsão do tempo: céu sem nuvens e noite clara. Saí da missa há pouco... chovendo! Eu sabia. E não duvido que, amanhã, contrariando-se as previsões, não enfrente chuva no caminho. O que será uma alegria, com certeza.

Por fim, quero agradecer todas as manifestações de quem está acompanhando a viagem pelo blog, e especialmente ao Júlio, da Oficina do Olírio, pelo monitoramento das condições da bike, e ao Eduardo Silveira, da Variclin, pelas dicas que tem me dado para eu enfrentar as adversidades desse clima de saara que o Uruguai está vivendo.

Bait'abraço!