13º dia - 07/01/2018 - Enfim, Colônia!

Buenas, pessoal!
Finalmente estou em Colônia do Sacramento, última parada no Uruguai antes de ingressar na Argentina por Buenos Aires!
Mas por que preço cheguei em Colônia... Pensei que teria uma trégua nas dificuldades, que o vento me largaria de mão, rá! Que bobagem... Enquanto cruzava a Ruta Uno, por um nada não parei no meio do caminho e montei acampamento, de tão difícil que estava minha luta contra o vento oeste.
Ainda de manhã, saindo de Cardona, fui presenteado com um vento noroeste, que de certa forma facilitou o início da pedalada. O que eu não esperava é que, após 35 km percorridos, a rodovia, em obras, ficasse sem asfalto. Faltando 15 km para a parada do almoço, as "costeletas" quase me enlouqueceram.  E se desviava delas, a areia com brita solta, mais próximo à lateral da pista, me faziam perder o equilíbrio a todo instante.
Foi uma peleia!


E, por companhia, diversos cataventos. Os parques eólicos estão por todo o lado.


Cheguei em Rosário tapado de poeira. Embora sendo uma rodovia em obras, milhares de argentinos estão cruzando por ela para entrarem em seu país pela cidade de Mercedes, onde há uma ponte sobre o Rio da Prata, ou porque evitam a cara travessia pelo ferry-boat, ou porque se dirigem ao norte do país. E como andam ligeiro os tais... Costeletas, areia e brita solta, poeira, qual nada... pé no fundo. Eu chegava a sumir no meio da polvadeira.
Na cidade, encontrei um restaurante aberto, e havia uma placa dizendo "livre, com parrija". Pensei: hoje vou me fartar de carne. Bem feito pra mim, que me esqueci de perguntar o preço antes: com bebida, paguei quase R$ 60,00... De fato, no geral está tudo muito caro no Uruguai. Viver no Brasil hoje está mais em conta.
Recomposto da "facada" do preço do almoço, descansei na praça da cidade, muito limpa e arborizada.


Quando, contudo, depois do descanso, saí de Rosário e dobrei à direita em direção a Colônia, acessando a Ruta 1, foi simplesmente desesperador! Faltavam 50 km e o vento oeste muito forte, de frente pra mim, simplesmente não deu trégua! Cada quilômetro foi vencido com paciência e perseverança. Não havia sombra, o vento seco me fazia parar seguidamente para molhar a boca, e o relevo acidentado - incontáveis coxilhas - me obrigaram a caminhar muito, empurrando a bicicleta.
Finalmente, faltando cerca de 15 km, entrei na famosa alameda de palmeiras, que anuncia a proximidade de Colônia. É bonito uma coisa por demais!


O sol já estava se deitando no horizonte quanto finalmente divisei a placa de Colônia do Sacramento. Que alegria! Me senti um vitorioso por ter persistido em chegar!


Entrei na Pousada Del Rio às 21h30min, esgualepado... hehehe... tanto que, desmontei a bicicleta, guardei a bagagem no quarto, me recostei para descansar e... acordei às 04h da manhã, sem banho, sem janta, a luz ligada... hehehe... que dureza.
Hoje foram 105 km percorridos, 976 pedalados até agora, 1.056 no total. Agora, é comprar a passagem para a travessia náutica até Buenos Aires, e ver o que nos espera do outro lado do Rio da Prata.
Bait'abraço!

Comentários

  1. Muito legal, fico ansioso aguardando cada texto!!!! Boa viagem.

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  2. Força amigo! É uma e tanto.😎🙄

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  3. Força amigo! É uma aventura e tanto!

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  4. Sirvam nossas façanhas de modelo a todo terra , vai gaúcho !! abraço !

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  5. só pude ler teus relatos hoje, e li como quem come e bebe de tudo depois de pedalar por muitos km. boa viagem, e não esquece que o Vento é amigo, mesmo quando sopra contra. abraço!

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  6. Muita saúde para ti, para assim vencer tua jornada. Abraços nossos.

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